Tem dia que a gente trava!


Olá! 
Você já teve aquela sensação de que tem dia que simplesmente a gente “trava”?

Tenho uma história que seria hilária, se não fosse desesperadora! Tive o privilégio de morar em Ann Arbor, Michigan – USA, de janeiro de 2000 a julho de 2001. 

Foi uma experiência fantástica e neste período fiz grandes amigos. Lembro de ir à igreja em um domingo com uma dessas amigas, uma pessoa maravilhosa, destemida, com ótimo humor, bom gosto, disposição, etc.

Aquele tipo de pessoa que está sempre de bem com a vida, que gosta de desafios e que, apesar das dificuldades, opta por olhar o lado bom das circunstâncias. Em resumo, alguém que vale a pena ter por perto.
Era um domingo de inverno, nevava e o frio era considerável, principalmente para duas brasileiras que ainda não estavam acostumadas com aquele clima.
A igreja ficava no centro da cidade em uma esquina, o que significa que existia uma entrada lateral e uma frontal e, claro, nós escolhemos a entrada errada. Céus! Entramos na igreja meio que “perdidas”, um pouco atrasadas e envergonhadas; olhamos ao redor, vimos no fundo do corredor uma porta e decidimos seguir aquele caminho.
Não sei se vocês conhecem a disposição de um templo protestante, mas normalmente o local separado para o coral da igreja fica atrás ou ao lado do púlpito e foi exatamente ali que entramos.
Abrimos a porta, que susto! Demos de cara com a assembleia... gelei da cabeça aos pés!Olhei para o lado e lá estava o pastor, que permaneceu firme e continuou o sermão como se nada estivesse acontecendo.
Que vergonha! Respiramos fundo e sentamos no lugar destinado para coral ao alcance dos olhares de toda a igreja. No final todos foram para um salão social onde um lanche estava sendo servido, e nós fomos junto. Tinha café, chocolate quente, chá, cookie, bolo e um tanto de coisas que engordam a gente só de olhar. Delícia!
Minha amiga e eu estávamos lá junto com os membros da igreja que se esforçavam para nos receber bem. Parecia ser uma boa comunidade e ao final do lanche fomos convidadas para participar da escola dominical. Aceitamos, claro!
Entramos na sala e antes da aula começar fomos bombardeadas por perguntas, o que era normal e perfeitamente aceitável, considerando que éramos visitantes. Minha amiga “travou”. Quanto mais perguntavam, mais ela “travava” até que ela não conseguiu segurar o pânico, levantou, disse que precisava ir embora e saiu da sala como uma doida.
Eu continuei sentada sem saber o que fazer; todos olhavam para mim espantados. Eu poderia ter dito para eles “gente, deixa a doida da minha amiga para lá, continuemos nós aqui”, mas era algo completamente impossível, considerando que estava nevando, o carro que tínhamos era meu e a minha amiga iria morrer congelada do lado de fora se eu não a

acompanhasse. Que situação!

Olhei para todos na sala, pedi desculpas, tentei explicar o inexplicável, levantei e fui ao encontro da minha amiga. Eu dou risada só de lembrar do acontecimento e às vezes fico intrigada. Como uma pessoa tão destemida e extrovertida pode fraquejar daquela forma?
Com o tempo entendi que o ser humano não é perfeito. Temos que ter compaixão de nós mesmos e aceitar que algumas falhas inevitavelmente irão acontecer. É necessário que exista perdão! Perdoar a si mesmo é uma escolha que necessita coragem e força, e nos dá a oportunidade de nos tornarmos vencedores ao invés de permanecermos vítimas de nossas mazelas.
Entendi também que ser capaz de fazer ou não alguma coisa, depende unicamente do que você acredita. Henry Ford tem um pensamento que diz mais ou menos assim: “Se você acredita que pode fazer alguma coisa, ou acredita que não pode, em ambos os casos você está certo”!
Já Ishikawa diz que as falhas são o combustível do sucesso!
Thomas Edson comenta que aprendeu muito mais com os seus erros do que com seus acertos!
Oscar Wilde afirma que a experiência é o nome que damos aos nossos erros!
Salomão fala que quem é sábio procura aprender, mas os tolos estão satisfeitos com a sua própria ignorância.
A mensagem que eu tenho hoje é: ame a si mesmo, seja grato, perdoe-se, valorize o que você tem, reconheça seus pontos fortes, lembre de suas conquistas, permita-se errar, aprenda com seus erros, aceite suas limitações e não sofra, porque tem dias que a gente “trava”!
Paz e bem,
Lu Seluque

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