LIDERANÇA EMPÁTICA: SE NÃO SAIR DO CORAÇÃO NÃO FUNCIONA!



Como docentes, gestores e líderes, precisamos estar atentos e sensíveis às pessoas que estão ao nosso redor, ouvir o que não é comunicado, enxergar o que não é mostrado e oferecer um esforço extra para ajudar aqueles que estão fracos e abatidos!


Recentemente recebi uma provocação que causou bastante desconforto, motivou a reflexão e, com o tempo, trouxe satisfação e paz. 

Durante o período das aulas da AFIGP (Academia de Formação de Instrutores de Gerenciamento de Projetos) eu tive o privilégio de participar de uma disciplina chamada “Práticas” onde recebi o desafio de apresentar uma aula que tivesse uma duração de três minutos. 

Coisa de doido, não? Pois é...

Quando recebi esse estímulo pensei: “não vou conseguir”! No momento que eu der o primeiro suspiro para iniciar a aula o tempo já terá se esgotado.

Fui para casa e fiquei alguns dias pensando sobre o que falar e como fazer com que a mensagem fosse objetiva, pragmática e mais do que isso, que fizesse diferença na vida das pessoas.

Enquanto eu pensava algumas ideias do professor vinham à mente...

“Cérebro precisa se emocionar para aprender...”
“Vivendo pessoas...”
“Derrubar muros, construir pontes...”
“Histórias contam histórias...”

Foi quando o “insight” veio, tudo fez sentido e concluí que só conseguiria entregar uma aula que durasse três minutos, tivesse qualidade e gerasse valor se a mensagem viesse do coração!

Naquele instante pensei nas minhas orquídeas, mas desta vez não nas belas e saudáveis, mas nas feias e doentes.

Preparei uma página de PowerPoint onde escrevi dez dicas para cultivar orquídeas, separei dois vasos feiosos e fui para a minha estimulante aula.

Chegando lá fiz a projeção da minha “receita de bolo”, mas nem olhei p/ ela, fui direto ao que interessava... as orquídeas doentes!

Peguei o primeiro vaso, mostrei para a classe e disse: “Não existe dúvida sobre essa orquídea, ela tem uma péssima aparência, porque está doente e se não receber cuidados adicionais irá morrer.”

A orquídea do segundo vaso tinha três flores, apesar de estar doente. Mostrei o vaso para a classe e comentei: “Essa orquídea sabe que vai morrer e fez um esforço descomunal para gerar as flores com o objetivo de liberar pólen e tentar reproduzir-se.”

Olhei para a classe e concluí a minha aula falando: “Iremos encontrar vários tipos de pessoas em nossa vida, algumas estarão nitidamente doentes e precisarão de nosso apoio; outras estarão sorrindo como se nada estivesse acontecendo, mas por dentro estarão minguando. Como docentes, gestores e líderes, precisamos estar atentos e sensíveis às pessoas que estão ao nosso redor, ouvir o que não é comunicado, enxergar o que não é mostrado e oferecer um esforço extra para ajudar aqueles que estão fracos e abatidos!”

Albert Einstein afirma que não ensina seus alunos, cria a condição para que aprendam.

Galileu Galilei comenta que não se pode ensinar nada a um homem; só é possível ajudá-lo a encontrar a coisa dentro de si.

Benjamin Franklin explana: diga-me e eu esquecerei, ensina-me e eu poderei lembrar, envolva-me e eu aprenderei.

Luciana Seluque grita com toda a sua energia e esperança que se não sair do coração, não funciona!

Dedico esse texto a todas as pessoas que se esforçam e “gastam tempo” com a arte de ensinar, gerir e liderar pessoas. Que nossos caminhos se cruzem pela vida e que tudo o que fizermos desponte do coração!

Paz e bem,

Lu Seluque 

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