O SILÊNCIO E O ENGAJAMENTO DE STAKEHOLDERS!


Como entender as expectativas das pessoas, as ligações afetivas, os valores e interesses que elas têm em relação aos negócios da empresa? Como motivar pessoas para que elas encontrem propósito em suas atividades diárias? Como influenciar para que os stakeholders de um projeto participem e apoiem o desenvolvimento do mesmo?


Tenho um amigo que é administrador, gerente de projetos, teólogo e poeta, mas de todas essas qualidades e características a que eu mais gosto é a da poesia!

É um moço interessante, com um bom coração, tem uma percepção de mundo peculiar e um ótimo humor. 

Esses dias ele escreveu a frase abaixo que motivou-me a refletir sobre aspectos da gestão, comunicação e o engajamento de stakeholders.

“Nas conversas, tão importante quanto interpretar palavras, é saber interpretar silêncios. Nem sempre o silêncio significa ausência de resposta. Às vezes, ele é o grito de quem perdeu o interesse pela conversa.” Bruno Jardim

Frase profunda, não? Difícil!

Lembrei de um artigo que li na Business Harvard Review recentemente sobre esse assunto que afirmava que a gestão e o engajamento de pessoas são os maiores desafios das organizações.

Como entender as expectativas das pessoas, as ligações afetivas, os valores e interesses que elas têm em relação aos negócios da empresa? Como motivar pessoas para que elas encontrem propósito em suas atividades diárias? Como influenciar para que os stakeholders de um projeto participem e apoiem o desenvolvimento do mesmo?

É muito fácil conseguir o engajamento de pessoas entusiasmadas, otimistas, automotivadas, com alta autoestima e que sabem sobre o seu propósito de vida pessoal e profissional. 

Infelizmente não é sempre que as encontramos pessoas positivas. Seja em nossa vida pessoal ou profissional, é muito mais fácil encontrarmos pessoas desmotivadas, que não conseguem enxergar além das circunstâncias e estão perdidas, sem nenhum propósito de vida.

Uma estratégia para entender as pessoas e com isso tentar influenciá-las é o exercício da empatia! Falo sobre uma empatia sincera, feita com amor, compaixão onde o foco principal é entender o ponto de vista do outro, a dor do outro, onde o “calo aperta”.

Exercitar a escuta ativa, esforçar-se para enxergar as qualidades do outro, os aspectos positivos de suas atitudes e as dificuldades que a pessoa tem é um caminho.

Mostrar os benefícios, uma causa nobre, um propósito, um bem maior é uma ótima estratégia para conseguir o engajamento das pessoas.

E quando nossos stakeholders se calam? Sabemos que o silêncio pode significar falta de engajamento o que pode trazer consequências terríveis para o projeto. O que fazer quando não conseguimos vender nossas ideias e necessidades?

Entendo que o melhor caminho é ser franco, verdadeiro, e tentar mostrar a relevância da proposta para a organização. Lembre de apoiar-se em evidências técnicas para reforçar seus argumentos e da importância de envolver outras pessoas do projeto, especialistas e principalmente altos executivos, para patrocinar e influenciar em sua necessidade. Se seu trabalho e credibilidade forem bons dentro da organização existe grande chance de sucesso.

Harry Firestone diz que conseguimos o melhor dos outros quando damos o melhor de nós mesmos!

Quanto à relacionamentos pessoais, faça o seu melhor sempre! Ame sem moderação, perdoe, seja altruísta, mas se mesmo assim o outro calar-se e desejar partir, permita, pois como diz o ditado popular: Se você tem que forçar é porque não é do seu tamanho, isso serve para anéis, sapatos e relacionamentos!

Paz e bem!
Lu Seluque

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